segunda-feira, 12 de novembro de 2012

::: HISTÓRIAS DE NOVA ESPERANÇA - Você conhece o Zezão?

 
É impossível ele passar despercebido. Ele mesmo se auto define sem inimigos, tratando com respeito crianças e adultos, jovens e idosos. Assim é José Lourenço Miranda, que pelo nome pouca gente conhece mas se você perguntar nas ruas e avenidas de Nova Esperança: Você conhece o Zezão? Grande parte das pessoas saberão informar quem ele é! Algumas pessoas definirão como uma grande figura. Outras como um companheiro de bar, Outras ainda como aquele que tem o seu copo sempre a mão e pode facilmente ser encontrado nas lanchonetes nas noites de Nova Esperança ou ainda terá a definição de um homem da gargalhada demorada e contando histórias com as roupas um tanto quanto diferentes das usuais e que talvez não seria aprovado num programa de moda de TV, porém assim é o Zezão. 
Nascido em Paulo de Faria-SP, antes de Nova Esperança, Zezão passou por Maringá (1962) e Itapecerica da Serra-SP, mas decidiu ficar aqui no início da década de 70 para trabalhar como ensacador de café, porém foi como dono de restaurante que ele ficou conhecido onde trabalhou por quase 40 anos.
Hoje com 73 anos, Zezão tem muita história para contar. Abandonou o trabalho como ensacador e foi cuidar da AABB - Associação Atlética Banco do Brasil onde trabalhou por 8 anos. “Depois saí e comprei o Bar Toda Hora que passou a chamar Bar do Zezão, dalí eu saí e fui para a Bambu onde hoje é A Churrascaria”.
Na Lanchonete Bambu, Zezão define ter vivido os melhores tempos profissionais de sua vida, apesar de um fato triste ter marcado sua passagem por lá. “Houve um tiroteio e morreu uma adolescente e um policial, além de um rapaz de Alto Paraná. Isso foi muito triste e marcante. Porém aqui em Nova Esperança tive muitas alegrias, foram muitos bailes de carnavais e festas, é óbvio que ouve as peripécias, no entanto ainda acredito que as alegrias foram maiores”.
Durante sua conversa com a reportagem Zezão lembrou dos momentos mais tristes que viveu aqui. “um dos momentos mais tristes da minha vida foi quando eu perdi minha esposa ao entrar em choque durante a anestesia para uma cesariana, depois perdi meu filho que ela deixou quando morreu, pois salvou a criança, o Fernando que morreu atropelado de bicicleta na avenida São José. Recomecei a vida, casei com minha cunhada, tive dois filhos. Com a primeira esposa tive três filhos: Flávio, Juliana e o Fernando já do segundo casamento veio o Fabrício que eu perdi também vítima de suicídio e a Fernanda que está nos Estados Unidos”.
Sobre os momentos de alegria, Zezão definiu “Vive momentos muito bons na Lanchonete Bambu, trabalhei muito, recebi muitos artistas, depois na Avenida 14 de Dezembro onde hoje é o Bom a Bessa, tive o Restaurante do Zezão, lá fiz muitos amigos, aumentei meu círculo de amizade, conheci muitas pessoas”.
Com um problema no joelho e cada fiho seguindo a sua vida, cansado de trabalhar, Zezão decidiu vender o Restaurante onde hoje funciona o Bom a Bessa. “Estava cansando, foram quase 40 anos servindo as pessoas, 25 anos só no Restaurante do Zezão da Avenida 14 de Dezembro, daí resolvi parar”.
Finalizando, Zezão destacou que o melhor é viver em harmonia com todos desde crianças as pessoas idosas, porque o que vale é o respeito. “Inimizade não tenho com ninguém graças a Deus, tenho muitos amigos aqui em Nova Esperança. Vivo muito bem com minha família e  amo muito meus filhos, não tenho nada a reclamar, para mim está tudo muito bom. Gosto de Nova Esperança, minha rotina todo mundo conhece e não tem como esconder, pois tomo minhas cachaças e meu whisky e assim vou levando a vida”, concluiu sorrindo.

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